A morte precoce do pessegueiro no estado do Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31285/AGRO.25.395

Palavras-chave:

mudas de qualidade, porta-enxerto, Prunus spp., seleção, síndrome

Resumo

A morte precoce do pessegueiro é uma síndrome que provoca severos danos às plantas, normalmente com idade entre um e oito anos, podendo levar à morte da copa. No Brasil, tem importância principalmente no estado do Rio Grande do Sul, que é o maior produtor brasileiro de pêssegos. Identificada pela primeira vez no final da década de 1970, na região de Pelotas, a síndrome vem provocando prejuízos, com intensidades variáveis de um ano para outro. Diversas causas já foram relatadas pela literatura nacional e internacional, envolvendo fatores bióticos e abióticos. No Rio Grande do Sul, devido ao uso predominante de misturas de caroços da indústria conserveira para a produção de porta-enxertos, não é possível conhecer a identidade varietal do sistema radicular das plantas nos pomares comerciais, o que provoca heterogeneidade entre plantas. Por outro lado, essa variabilidade genética e pressão de seleção ambiental podem ser aproveitadas em um programa de seleção clonal in situ, na busca por fontes de tolerância. Em outra estratégia também desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado, avaliações de cultivares, espécies e híbridos interespecíficos como porta-enxertos também estão em andamento. No presente trabalho, são relatados os principais avanços técnico-científicos sobre a morte precoce do pessegueiro no Rio Grande do Sul e o foco das pesquisas na busca de porta-enxertos tolerantes e mudas de qualidade.

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Publicado

2021-04-06

Como Citar

1.
Mayer NA, Ueno B. A morte precoce do pessegueiro no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Agrocienc Urug [Internet]. 6º de abril de 2021 [citado 16º de maio de 2024];25(NE1):e395. Disponível em: https://agrocienciauruguay.uy/index.php/agrociencia/article/view/395

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